Luis Carlos Bresser Pereira, que já foi ministro disse no Estadão de hoje “que é uma vergonha atentar contra a democracia e derrubar uma presidente honesta”. É duro ouvir isso. O próprio Ministro José Eduardo Cardoso, ao defende-la, usa a mesma linha de argumento.
Realmente na Pessoa Física a Presidente está isenta de escândalos, afinal até que se prove contrário, não obteve enriquecimento pessoal ilícito. Porém, na Pessoa Jurídica, da qual ocupa o mais alto cargo no país, ela cometeu crimes sim. Como Presidente do Brasil, fazendo uma alusão ao mundo corporativo, ela fraudou balanços. Ele fraudou balanços orçamentários para obter empréstimos de bancos públicos, sem a aprovação do conselho, no caso, o Congresso. Fraudou balanços para ludibriar os acionistas, no caso, o povo cotista de uma empresa chamada Brasil S.A. Fraudou balanços para conquistar o conselho de administração e ganhar mais poder. Como é sabido, martelar balanços em qualquer lugar do planeta é crime. Mentir e manipular números são crimes suficientes para abrir processo de destituição do cargo, seja na politica, seja no mundo dos negócios. Dizem que outros presidentes deram pedaladas, mas se comparadas com as atuais, eram de bicicletas tico-tico. Além disso, um erro não justifica o outro. As pedaladas da Dilma somam mais de 72 bilhões de reais no ano de 2015.
A incompetência pela gestão de um país não está prevista na Constituição de 1988 como objeto para abertura de impeachment, mas que o seu fracasso como administradora tem um peso na decisão deste processo, é inegável que teve.
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