Brasileiro é um povo estranho. Passa a vida inteira correndo atrás do sucesso profissional para acumular riqueza, mas não gosta dos ricos.

E pior: o brasileiro costuma julgar as pessoas que têm dinheiro como sendo desonestas. O sujeito compra um barco e pronto! Será rotulado como ladrão. E se esquecem de que a desonestidade existe em qualquer classe do alfabeto.

Civilizações capitalistas mais maduras e modernas não rotulam os ricos dessa forma. Ser rico é sinônimo de sucesso. A conquista de bens materiais é o resultado natural da trajetória de quem trabalha. Nos EUA, por exemplo, ser rico não é pecado e nem nocivo à sociedade, desde que haja uma conduta idônea e acima de tudo humildade. Donald Trump seria um candidato imbatível se fosse menos midiático, menos megalomaníaco e principalmente mais humilde.

Temos agora um Prefeito rico. E qual o problema nisso? Nestas últimas eleições as classes C e D não se importaram com essa condição e o elegeram. O Grande ABCD de São Paulo expurgou o partido que supostamente se dedicava ao menos favorecidos. Talvez um sinal de que as coisas estejam mudando e a rejeição em relação aos ricos esteja diminuindo.  É provável que a admiração pelos que foram pobres e conquistaram o poder máximo esteja se  evaporando na mesma proporção da decepção.

Será que o brasileiro está se conscientizando que o problema não é ser rico mas ser pobre de espírito?

Desta vez o novo Prefeito é alfabetizado e recebeu votos de A à Z.